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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Forte tremor na dorsal meso-oceânica em 30/11/2017

    Hoje, 30/11, às 06:32 UTC, ocorreu um forte tremor na dorsal meso-oceânica de magnitude 6.7. O epicentro do evento foi localizado a aproximadamente 700 km a ESE de São Pedro e São Paulo, a 1.045 km a ENE de Fernando de Noronha, a 1.409 km a ENE de Natal, a 1.413 km a ENE de Touros, a 1.490 km a NE de Recife e a  1.710 km a ENE de Fortaleza.
    O mapa de localização epicentral desse evento está mostrado na Figura 1.

Figura 1. Mapa de localização epicentral.  O epicentro está simbolizado pela estrela vermelha. O triângulo vermelho indica a localização da estação de Riachuelo (RCBR).
    O registro do evento na estação RCBR está mostrado na Figura 2.

Figura 2. Registro 24 h da estação RCBR. O evento está bem visível na parte de baixo do sismograma.
     O movimento da falha responsável pelo sismo está mostrada na Figura 3 . O movimento da falha é do tipo transcorrente com componente normal.

Figura 3. Mecanismo focal via momento tensor do evento.
    
    Sempre que ocorre um evento dessa magnitude a pergunta que surge é se ele pode gerar um tsunami. Para gerar um tsunami um sismo precisa de magnitudes acima de 7.0 e ter um movimento adequado da falha sísmica, falha normal ou reversa (no melhor dos casos) pois somente esse tipo de mecanismo pode criar uma onda que se propaga pelo oceano. No caso, temos magnitude abaixo de 7.0 e mecanismo transcorrente e, portanto, sem possibilidade de geração de tsunami.

Fonte: LabSis/UFRN, USGS
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes

2 comentários:

  1. Muito legal a explicação de como ocorre um tsunami. Só não entendi o fato de ser causado só acima de 7.0 magnitudes, a profundidade do terremoto também não poderia influenciar? Se ocorresse em pouquíssima profundidade, com uma magnitude de 6.0, com movimento adequado da falha sísmica, não poderia também causar um maremoto?

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  2. Caro Luiz, tanto o tipo de movimento quanto a magnitude e quanto a profundidade influem na geração do tsunami. A melhor situação é a de um sismo de movimento reverso, e de profundidade de poucos quilômetros. O que causa o tsunami é o deslocamento (deslocamento, não vibração) súbito do soalho oceânico e a amplitude do deslocamento (rejeito) depende da magnitude. Quanto maior a amplitude maior o tsunami e sismos de magnitude 6.0 não causam nem marolinhas.
    Joaquim Ferreira

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