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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

 

BOLETIM MENSAL DE EVENTOS SÍSMICOS DO NORDESTE - NOVEMBRO DE 2023


Mapa com a localização dos eventos sísmicos presentes no Boletim Sísmico do LabSis/UFRN 
referentes ao mês de Novembro de 2023

Mapa com a localização dos eventos sísmicos presentes no Boletim Sísmico do LabSis/UFRN referentes ao mês de Novembro de 2023

O Laboratório Sismológico da UFRN, neste início de mês, divulgou mais um boletim de eventos sísmicos mensal. No documento referente ao mês de novembro, que estará disponível para download no final desta publicação, na aba 'anexo', contém a lista dos 28 eventos sísmicos classificados para publicação, destacando o dia em que ocorreram, o horário (UTC) registrado pelas estações sismográficas operadas e mantidas pelo LabSis/UFRN, a magnitude preliminar calculada e a localização do evento. Além disso, o documento traz uma breve explicação sobre o que é magnitude e dicas de como agir no momento de um tremor. Ainda é possível acompanhar as publicações individuais dos eventos que venham a ocorrer na região Nordeste do país na aba 'notícias' do portal do Laboratório Sismológico da UFRN.

 

O LabSis/UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra na região Nordeste do país. Publicado originalmente em: https://labsis.ufrn.br/noticias/58050336/boletim-mensal-de-eventos-sismicos-do-nordeste-novembro-de-2023

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

 

37 anos do tremor de João Câmara de magnitude 5.1

  

Figura 1. Efeito do tremor de 30/11/1986, de magnitude 5.1, na área epicentral. Foto de Joaquim Ferreira.

    Hoje, 30/11, em 1986, ocorreu o maior tremor de terra da sequência de sismos de João Câmara, que se estendeu até 1993, tendo sido registrados mais de 50 mil tremores, de magnitudes variadas, na sua maioria microtremores, registrados nos instrumentos mas não sentidos pela população, até sismos de magnitude acima de 2.0 claramente identificados como tal por seu som, vibrações ou efeitos nas edificações, como pode ser visto na Figura 1, acima.
    Para a população de João Câmara e para as pessoas envolvidas com esses acontecimentos, esses fatos foram marcantes em suas vidas. Do pessoal que esteve na região para estudar os fenômenos, da UFRN, da UnB e da USP, já existem dois relatos dessa época de José Alberto Veloso (O terremoto que mexeu com o Brasil) e de Mário Takeya (João Câmara, 1986. Os abalos sísmicos e seus efeitos), lançados respectivamente nos 25 anos e 30 anos de rememoração dessa data. Veloso lançou uma série de vídeos alusivos ao tema em 2021 (video). Esperava ter um livro pronto para a rememoração dos 35 anos em 2021 mas não foi possível. Tenho muitas memórias desses eventos e de outros no próprio RN, no Ceará e em Pernambuco.
    Desde o início da sequência, a UFRN esteve ligada a esses eventos, tendo realizado uma viagem de campo para levantamento de dados macrossísmicos no começo de julho da qual participei, juntamente com Mário Takeya, João da Mata Costa e Francisco Hilário Rego Bezerra, então estudante de Geologia e bolsista no laboratório. Esse trabalho contou com o apoio do prefeito de João Câmara, José Ribamar Leite. A magnitude dos eventos aumentou, chamando a atenção da UnB, que veio instalar uma estação em João Câmara após o evento do dia 21/08 que teve magnitude 4.2 tendo sido sentido inclusive em João Pessoa e Recife. 
     A instalação da estação contou com o apoio logístico da UFRN, disponibilizando baterias e veículo, tendo participado dessa viagem, pela UnB, Juraci Carvalho, e pela UFRN, Joaquim Ferreira, Mário Takeya e José Antônio de Morais Moreira, além do motorista Sr. José Aparecido. Juraci e Mário, com apoio da prefeitura, foram instalar a primeira estação sismográfica em João Câmara (JC01), no sítio de Pedra D'Água, de propriedade do Senhor Abel. Posteriormente a filha do Senhor Abel, Aparecida, foi treinada e, durante muitos anos foi a operadora da estação.
    Enquanto Juraci e Mário instalavam a estação eu e Moreira fomos ver o efeito do tremor no norte de João Câmara, no limite com o município de Poço Branco. Passamos pelo Matão e entrevistamos o Sr. Jovelino da Silva. A casa dele, de tijolo duplo, havia sofrido pequenos danos, só algumas trincas.  Fomos para Samambaia onde os danos eram maiores. Daí seguimos rumo a Lagoa Rachada e Baixa de São Miguel os os estragos eram bem maiores, em particular nas residências do Sr. Aprígio e do Sr. Francisco Virgulino (Figura 2).

Figura 2. Efeito do tremor de magnitude 4.2, de 21/08/1986, em Baixa de São Miguel, Poço Branco. 

    A atividade sísmica continuou tendo sido instaladas outras estações pela equipe da UnB/UFRN. O esclarecimento da população era feito, inicialmente,  no contato direto com a mesma e,  posteriormente, foi organizada uma grande palestra no final de agosto com a participação da UFRN (Joaquim, Mário e João da Mata),  UnB (Veloso e Juraci) e CDM (Ronaldo Diniz). Como então a atividade estava decrescendo havia uma crença geral de que continuaria assim com um ou outro evento perceptível pela população. No entanto, no começo de setembro, dois novos tremores de magnitude 4.1 ocorreram nos dias 02 e 05 ensejando a equipe da USP, chefiada por Jesus Berrocal, com a colaboração da UFRN, a colocar novas estações na região. E, de novo, a atividade diminuiu ...
    Durante esse tempo, além de sismólogos, geólogos e outros geocientistas estiveram na região e, João Câmara já tinha virado um caso a ser estudado. A Petrobrás trouxe Cinna Lomnitz, renomado sismólogo mexicano para a região. A CPRM, então dirigida por Carlos Oiti Berbet também enviou pessoas para lá. O ON enviou o geólogo Cláudio Gallardo para estudar possível correlação entre falhas mapeadas e os eventos sísmicos e realizou, nos dias 11 e 12 de novembro o Simpósio Sismicidade na Região de João Câmara-RN, onde, entre outros trabalhos, foram apresentados os resultados preliminares da localização dos sismos. O fato mais importante do simpósio foi a afirmação de Lomnitz de que, devido ao tamanho da falha naquela altura, ou as magnitudes estavam erradas, e ele conferiu com o USGS e não estavam ou então, havia a possibilidade da ocorrência de um sismo de maior magnitude na região, o que de fato veio a ocorrer no fim do mês. 
    E no dia 30, de madrugada, estava com insônia, me levantei e fiquei vendo um filme na TV. Como estava havendo uma reforma na casa, a televisão estava em cima da mesa e começou a trepidar, acompanhada por um ruído como se um caminhão pesado estivesse passando na rua. Logo percebi do que se tratava. Liguei para o secretário de Interior e Justiça, Dr. Manoel de Brito, responsável pela Defesa Civil no RN,se tinham um veículo para nos deslocarmos até João Câmara mas a secretaria só voltaria a funcionar na segunda feira. Então, com meu vizinho Manoel Lucas, engenheiro e professor da UFRN, e minha mulher Lili, fomos apanhar Mário Takeya no apartamento dele e seguimos para João Câmara em meu fusca. Já pelo caminho cruzamos com carros e caminhões que vinham com a população vindo em sentido oposto.
    Quando chegamos na região pegamos a estrada do Matão rumo a Samambaia. E logo deparamos com a casa do Sr. Jovelino, de parede dupla, que quase nada sofrera com o sismo de 21/08 e que agora estava posta abaixo (Figura 1). Uma filha dele, que ficara entre os escombros já havia sido socorrida e estavam agora acolhidos numa casa de taipa. E continuamos por Samambaia, Lagoa Rachada e Baixa de São Miguel. Os estragos eram grandes e o medo era muito. Só depois iríamos para João Câmara. São momentos que marcaram a vida dos camarenses e das pessoas envolvidas na pesquisa desses tremores que tentavam explicar mas, que no fundo, sabiam que não podiam controlar o imponderável.
    Esse foi o auge da atividade sísmica, que ainda continuou, e, em março de 1989 um novo tremor de magnitude da ordem de cinco (5.0) abalaria a região na parte norte da chamada Falha de Samambaia. De vez em quando algum evento ocorre e sempre o ano de 1986 volta a ser lembrado. Uma visualização dos maiores eventos na região está mostrada na Figura 3.

Figura 3. Eventos de magnitude maior ou igual a 3.5 na região de João Câmara, até outubro de 2011.

    João Câmara, ao longo de sua história, já passou diversas vezes por períodos de intensa atividade sísmica, embora não comparáveis ao que se iniciou em 1986. É possível que outro período de intensa atividade sísmica possa a vir ocorrer no futuro. Ao contrário das regiões de borda de placa, onde a ocorrência de tremores é mais frequente, em regiões intraplaca, como João Câmara, os períodos de recorrência são maiores fazendo com que de um ciclo para outro podem se passar gerações e tudo que foi aprendido em como lidar com o fenômeno pode se perder. Essa é uma preocupação que quem estuda e está acostumado a lidar com populações vítimas de tremores de terra tem.
    Finalmente, espero que a ideia de se construir um museu em João Câmara seja levada à frente e que sirva de base não só da rememoração dos eventos passados mas também de preparação para as gerações futuras no enfrentamento desse tipo de problema, caso venha novamente a se apresentar. Estou à disposição de todos para colaborar da melhor forma possível.

Joaquim Mendes Ferreira

(adaptado de texto publicado inicialmente em 30//11/2021)

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

 

TREMOR DE TERRA É REGISTRADO NO ESTADO DE ALAGOAS (06/11/2023)

Magnitude preliminar indicada no mapa
Magnitude preliminar indicada no mapa

 

Nesta segunda-feira, 06 de novembro, às 05h11 UTC (02h11, hora local) as estações sismográficas operadas pelo Laboratório Sismológico da UFRN registraram um tremor de terra na região do município de São Brás, no estado de Alagoas. A magnitude preliminar do evento foi calculada em 1.4 mR. Até o momento desta publicação, não há informações de moradores que tenham sentido ou ouvido o tremor.      

 

A última atividade sísmica divulgada pelo LabSis/UFRN no estado foi na região do município de Colônia de Leopoldina, no dia 02 de novembro. O tremor foi registrado às 15h07 UTC, com magnitude preliminar calculada em 2.3 mR.

 

 

O Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no estado de Alagoas e em toda região Nordeste do país.

 


terça-feira, 30 de novembro de 2021

35 anos do tremor de João Câmara de magnitude 5.1

  

Figura 1. Efeito do tremor de 30/11/1986, de magnitude 5.1, na área epicentral. Foto de Joaquim Ferreira.

    Hoje, 30/11, em 1986, ocorreu o maior tremor de terra da sequência de sismos de João Câmara, que se estendeu até 1993, tendo sido registrados mais de 50 mil tremores, de magnitudes variadas, na sua maioria microtremores, registrados nos instrumentos mas não sentidos pela população, até sismos de magnitude acima de 2.0 claramente identificados como tal por seu som, vibrações ou efeitos nas edificações, como pode ser visto na Figura 1, acima.
    Para a população de João Câmara e para as pessoas envolvidas com esses acontecimentos, esses fatos foram marcantes em suas vidas. Do pessoal que esteve na região para estudar os fenômenos, da UFRN, da UnB e da USP, já existem dois relatos dessa época de José Alberto Veloso (O terremoto que mexeu com o Brasil) e de Mário Takeya (João Câmara, 1986. Os abalos sísmicos e seus efeitos), lançados respectivamente nos 25 anos e 30 anos de rememoração dessa data. Este ano Veloso está lançando uma série de vídeos alusivos ao tema (video). Esperava ter um livro pronto para a rememoração dos 35 anos mas não foi possível. Tenho muitas memórias desses eventos e de outros no próprio RN, no Ceará e em Pernambuco.
    Desde o início da sequência, a UFRN esteve ligada a esses eventos, tendo realizado uma viagem de campo para levantamento de dados macrossísmicos no começo de agosto da qual participei, juntamente com Mário Takeya, João da Mata Costa e Francisco Hilário Rego Bezerra, então estudante de Geologia e bolsista no laboratório. Esse trabalho contou com o apoio do prefeito de João Câmara, José Ribamar Leite. A magnitude dos eventos aumentou, chamando a atenção da UnB, que veio instalar uma estação em João Câmara após o evento do dia 21/08 que teve magnitude 4.2 tendo sido sentido inclusive em João Pessoa e Recife. 
     A instalação da estação contou com o apoio logístico da UFRN, disponibilizando baterias e veículo, tendo participado dessa viagem, pela UnB, Juraci Carvalho, e pela UFRN, Joaquim Ferreira, Mário Takeya e José Antônio de Morais Moreira, além do motorista Sr. José Aparecido. Juraci e Mário, com apoio da prefeitura, foram instalar a primeira estação sismográfica em João Câmara (JC01), no sítio de Pedra D'Água, de propriedade do Senhor Abel. Posteriormente a filha do Senhor Abel, Aparecida, foi treinada e, durante muitos anos foi a operadora da estação.
    Enquanto Juraci e Mário instalavam a estação eu e Moreira fomos ver o efeito do tremor no norte de João Câmara, no limite com o município de Poço Branco. Passamos pelo Matão e entrevistamos o Sr. Jovelino da Silva. A casa dele, de tijolo duplo, havia sofrido pequenos danos, só algumas trincas.  Fomos para Samambaia onde os danos eram maiores. Daí seguimos rumo a Lagoa Rachada e Baixa de São Miguel os os estragos eram bem maiores, em particular nas residências do Sr. Aprígio e do Sr. Francisco Virgulino (Figura 2).

Figura 2. Efeito do tremor de magnitude 4.2, de 21/08/1986, em Baixa de São Miguel, Poço Branco. 

    A atividade sísmica continuou tendo sido instaladas outras estações pela equipe da UnB/UFRN. O esclarecimento da população era feito, inicialmente,  no contato direto com a mesma e,  posteriormente, foi organizada uma grande palestra no final de agosto com a participação da UFRN (Joaquim, Mário e João da Mata),  UnB (Veloso e Juraci) e CDM (Ronaldo Diniz). Como então a atividade estava decrescendo havia uma crença geral de que continuaria assim com um ou outro evento perceptível pela população. No entanto, no começo de setembro, dois novos tremores de magnitude 4.1 ocorreram nos dias 02 e 05 ensejando a equipe da USP, chefiada por Jesus Berrocal, com a colaboração da UFRN, a colocar novas estações na região. E, de novo, a atividade diminuiu ...
    Durante esse tempo, além de sismólogos, geólogos e outros geocientistas estiveram na região e, João Câmara já tinha virado um caso a ser estudado. A Petrobrás trouxe Cinna Lomnitz, renomado sismólogo mexicano para a região. A CPRM, então dirigida por Carlos Oiti Berbet também enviou pessoas para lá. O ON enviou o geólogo Cláudio Gallardo para estudar possível correlação entre falhas mapeadas e os eventos sísmicos e realizou, nos dias 11 e 12 de novembro o Simpósio Sismicidade na Região de João Câmara-RN, onde, entre outros trabalhos, foram apresentados os resultados preliminares da localização dos sismos. O fato mais importante do simpósio foi a afirmação de Lomnitz de que, devido ao tamanho da falha naquela altura, ou as magnitudes estavam erradas, e ele conferiu com o USGS e não estavam ou então, havia a possibilidade da ocorrência de um sismo de maior magnitude na região, o que de fato veio a ocorrer no fim do mês. 
    E no dia 30, de madrugada, estava com insônia, me levantei e fiquei vendo um filme na TV. Como estava havendo uma reforma na casa, a televisão estava em cima da mesa e começou a trepidar, acompanhada por um ruído como se um caminhão pesado estivesse passando na rua. Logo percebi do que se tratava. Liguei para o secretário de Interior e Justiça, Dr. Manoel de Brito, responsável pela Defesa Civil no RN,se tinham um veículo para nos deslocarmos até João Câmara mas a secretaria só voltaria a funcionar na segunda feira. Então, com meu vizinho Manoel Lucas, engenheiro e professor da UFRN, minha mulher Lili, fomos apanhar Mário Takeya no apartamento dele e seguimos para João Câmara em meu fusca. Já pelo caminho cruzamos com carros e caminhões que vinham com a população vindo em sentido oposto.
    Quando chegamos na região pegamos a estrada do Matão rumo a Samambaia. E logo deparamos com a casa do Sr. Jovelino, de parede dupla, que quase nada sofrera com o sismo de 21/08 e que agora estava posta abaixo (Figura 1). Uma filha dele, que ficara entre os escombros já havia sido socorrida e estavam agora acolhidos numa casa de taipa. E continuamos por Samambaia, Lagoa Rachada e Baixa de Sâo Miguel. Os estragos eram grandes e o medo era muito. Só depois iríamos para João Câmara. São momentos que marcaram a vida dos camaranenses e das pessoas envolvidas na pesquisa desses tremores que tentavam explicar mas, que no fundo, sabiam que não podiam controlar o imponderável.
    Esse foi o auge da atividade sísmica, que ainda continuou, e, em março de 1989 um novo tremor de magnitude da ordem de cinco (5.0) abalaria a região na parte norte da chamada Falha de Samambaia. De vez em quando algum evento ocorre e sempre o ano de 1986 volta a ser lembrado. Uma visualização dos maiores eventos na região está mostrada na Figura 3.

Figura 3. Eventos de magnitude maior ou igual a 3.5 na região de João Câmara, até outubro de 2011.

    João Câmara, ao longo de sua história, já passou diversas vezes por períodos de intensa atividade sísmica, embora não comparáveis ao que se iniciou em 1986. É possível que outro período de intensa atividade sísmica possa a vir ocorrer no futuro. Ao contrário das regiões de borda de placa, onde a ocorrência de tremores é mais frequente, em regiões intraplaca, como João Câmara, os períodos de recorrência são maiores fazendo com que de um ciclo para outro podem se passar gerações e tudo que foi aprendido em como lidar com o fenômeno pode se perder. Essa é uma preocupação que quem estuda e está acostumado a lidar com populações vítimas de tremores de terra tem.
    Finalmente, espero que a ideia de se construir um museu em João Câmara seja levada à frente e que sirva de base não só da rememoração dos eventos passados mas também de preparação para as gerações futuras no enfrentamento desse tipo de problema, caso venha novamente a se apresentar. Estou à disposição de todos para colaborar da melhor forma possível.

Joaquim Mendes Ferreira



segunda-feira, 5 de abril de 2021

Novos tremores na dorsal meso-oceânica em 31/03, 03/04 e 04/04/2021

     Nos dias últimos dias voltaram a ocorrer novos tremores na dorsal meso-oceânica que aparecem na lista do USGS.
    O primeiro evento, de magnitude 5.2, ocorreu no dia 31/03 às 10:09 UTC e o epicentro foi localizado aproximadamente  a 246 km a NE de Ascensão, a 2.040 km a ESE de São Pedro e São Paulo (portanto, fora do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva),  a 2.220 km a ESE de Fernando de Noronha,  a 2.470 km a ENE de Recife e a 2.507 km a E de Natal.
    O segundo evento, de magnitude 5.0, ocorreu no dia 03/04 às 16:43 UTC e o epicentro foi localizado aproximadamente  a 570 km a NNE de Ascensão, a 1.996 km a ESE de São Pedro e São Paulo (portanto, fora do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva),  a 2.276 km a E de Fernando de Noronha,  a 2.593 km a ENE de Natal,  a 2.596 km a ENE de Recife e  a 1.950 km a ENE de Fortaleza.
    O terceiro evento, de magnitude 5.0, ocorreu no dia 04/04 às 11:02 UTC e o epicentro foi localizado aproximadamente  a 450 km a E de São Pedro e São Paulo (portanto, fora do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva),  a 930 km a ENE de Fernando de Noronha, a 1.302 km a ENE de São Miguel do Gostoso, a 1.307 km a ENE de Natal, a 1.436 km a NE de Recife e a 1.554 km a E de Fortaleza. 
     O mapa de localização epicentral desses eventos está mostrado na Figura 1.

Figura 1. Mapa de localização epicentral. O epicentro do dia31/03 está representado pela estrela amarela. O epicentro do dia 03/04 está representado pela estrela verde. O epicentro do dia 04/04 está representado pela estrela vermelha. O triângulo vermelho mostra a localização da estação de Riachuelo (RCBR
   
     O registro do evento do dia 04/04, em RCBR, está mostrado na Figura 2.

Figura 2. Sismograma 24 h de RCBR. O registro do evento está dentro do retângulo vermelho.

Fonte: LabSis/UFRN, USGS
Joaquim Ferreira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Novo tremor no Maranhão em 04/12/2020

     Hoje, 04/12, às 07:08 UTC (04:08, hora local), ocorreu um novo tremor, desta vez de magnitude preliminar 3.9. O epicentro foi localizado preliminarmente a aproximadamente 10 km a SSE de Itapecuru-Mirim. Esse evento foi registrado  por diversas  estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pela UFRN.
      Até o momento ainda não temos informações sobre o efeito desse tremor.
     O registro do evento na estação de Pedro II (NBPS) está mostrado na Figura 1.

Figura 1. Registro do evento em NBPS. O sismo está bem visível em azul.


     O mapa de localização epicentral está mostrado na Figura 2.

 Figura 2. Mapa de localização epicentral.

     Em 2017 ocorreu um tremor de magnitude 4.7 na mesma região, próximo a Vargem Grande, tendo uma equipe do LabSis se deslocado para  a região onde instalou uma rede sismográfica temporária.      
  

Fonte: LabSis/UFRN, RSBR, INCT-ET
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes, Aderson do Nascimento, Marconi Oliveira, Flauber Costa, André Tavares, Rômulo Brito, Marcos Pinto   

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Novos tremores na dorsal meso-oceânica em 02 e 08/11/2020

        Nos dias 02 e 08/11 voltaram a ocorrer novos tremores na dorsal meso-oceânica. 
     O primeiro evento, de magnitude 4.8, ocorreu no dia 02/11 às 05:01 UTC e o epicentro foi localizado a aproximadamente 1.276 km a NNE de Carutapera,  a 1.327 km a NNE de São Luís, a 1.370 km a NNW de Fortaleza, a 1.460 km a WNW de São Pedro e São Paulo (portanto, fora do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva), a 1.460 km a NNE de Belém, a 1.545 km a NE de Macapá, a 1.621 km a NW de Fernando de Noronha e a 1.680 km a NNW de Natal. 
     O segundo evento, de magnitude 5.1, ocorreu no dia 08/11 às 06:31 UTC e o epicentro foi localizado a aproximadamente  a 128 km a E de São Pedro e São Paulo (portanto, dentro do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva),  a 708 km a NE de Fernando de Noronha,  a 1.068 km a NE de São Miguel do Gostoso, a 1.080 km a NE de Natal, a 1.245 km a NNE de Recife e a 1.265 km a ENE de Fortaleza.
     
Esses eventos foram bem registrados por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pelo LabSis/UFRN.
     O mapa de localização epicentral desses eventos está mostrado na Figura 1.

Figura 1. Mapa de localização epicentral. 
O epicentro do dia 02/11 está representado pela estrela amarela. O epicentro do dia 08/11 está representado pela estrela vermelha. O triângulo azul mostra a localização da estação de Morrinhos (NBMO). O triângulo vermelho mostra a localização da estação de Riachuelo (RCBR).
 
     O registro do evento do dia 02/11 em NBMO está mostrado na Figura 2.


Figura 2. Sismograma (parcial) do dia 02/11 da estação NBMO. O registro do evento está em azul após as 05:03 UTC.

     O registro do evento do dia 08/11 em RCBR está mostrado na Figura 3.


Figura 3. Sismograma do dia 08/11 da estação RCBR. O registro do evento está em vermelho após as 06:33 UTC.


Fonte: LabSis/UFRN,  USGS, RSBR
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes, Marconi Oliveira

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Novos tremores na dorsal meso-oceânica em 27 e 30/10/2020

     No dia 27/10 e hoje, 30/10, dois novos tremores ocorreram na dorsal meso-oceânica. 
    O primeiro evento, de magnitude 4.6, ocorreu às 20:51 UTC do dia 27/10. O epicentro do sismo foi localizado a aproximadamente  1.100 km a NW de São Pedro e São Paulo (portanto, fora do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva), a 1.221 km a NNE de Acaraú,  a 1.271 km a N de Fortaleza, a 1.346 km a ENE de Fernando de Noronha,   a 1.395 km a NE de São Luís e 1.925 km a NNW de Natal.
     O segundo evento, de magnitude 5.9, ocorreu às 08:38 UTC do dia 30/10. O epicentro desse tremor foi localizado a aproximadamente  1.173 km a NE de Oiapoque, a 1.435 km a NNE de Macapá,  a 1.438 km a NNE de Belém,  a 1.442 km a N de São Luís e a 1.668 km a NNW de Fortaleza.
   Esses eventos foram registrados por diversas estações 
da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR)  operadas pelo LabSis/UFRN.
      O mapa da localização epicentral dos eventos está mostrado na Figura 1. 

Figura 1. Mapa de localização epicentral. A estrela amarela está representando o epicentro do evento do dia 27/10. A estrela vermelha mostra o epicentro do evento do dia 30/10. O triângulo vermelho indica a localização da estação de Riachuelo (RCBR).

     O registro do sismo do dia 30/10 em RCBR está mostrado na Figura 2.


Figura 2. Sismograma 24 horas de RCBR. O registro do evento está na parte inferior do sismograma após as 08:40 UTC.


Fonte: LabSis/UFRN, USGS,RSBR
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Novo tremor na dorsal meso-oceânica em 20/10/2020

     No dia 20/10, às 14:01 UTC, ocorreu um novo tremor na dorsal, desta vez de magnitude 4.9. Esse evento foi registrado por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) sendo a estação mais próxima a de Morrinhos-CE (NBMO), operada pelo LabSis/UFRN. 
     O sismo teve o epicentro localizado a aproximadamente  1.031 km a NW de São Pedro e São Paulo (portanto, fora do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva), a 1.125 km a NNE de Acaraú, 
a 1.262 km a NNE de Fortaleza, a 1.305 km a NNW de Fernando de Noronha, a 1.430 km a NNE de São Luís e 1.460 km a N de Natal.
     O mapa de localização epicentral está mostrado na Figura 1.

Figura 1Mapa de localização epicentral. O epicentro está representado pela estrela vermelha. O triângulo azul mostra a localização da estação NBMO.

     O registro do evento na estação NBMO está mostrado na Figura 2.

Figura 2. Sismograma de NBMO do dia 20/10 UTC. O evento pode ser visto, em verde, após as 14:03 UTC.

Fonte: LabSis/UFRN,  RSBR
Joaquim Ferreira

sábado, 17 de outubro de 2020

Novo tremor na dorsal meso-oceânica em 17/10/2020

     Hoje, 17/10, às 08:44 UTC, ocorreu um novo tremor na dorsal que foi bem registrado por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) sendo a estação mais próxima a de Morrinhos-CE (NBMO), operada pelo LabSis/UFRN. A magnitude preliminar foi determinada em 4.8.
     Esse evento até o momento não consta dos boletins do USGS nem do EMSC sendo que às vezes essas agências demoram mais de 15 dias para colocar eventos da dorsal na lista.
     O evento teve o epicentro localizado a aproximadamente  880 km a NW de São Pedro e São Paulo (portanto, fora do limite das 200 milhas ou 370 km da Zona Econômica Exclusiva), a 1.170 km a NNE de Acaraú,  a 1.180 km a NNW de Fernando de Noronha, a 1.180 km a NNE de Fortaleza, 1.345 km a N de Natal e a 1.410 km a NE de São Luís. 
     O registro do evento na estação NBMO está mostrado na Figura 1.

Figura 1. Sismograma (parcial) de NBMO do dia 17/10 UTC. O evento pode ser visto, em vermelho, após as 08:47 UTC.


     O mapa de localização epicentral está mostrado na Figura 2.

Figura 2. Mapa de localização epicentral. O epicentro está representado pela estrela vermelha. O triângulo azul mostra a localização da estação NBMO.

Fonte: LabSis/UFRN,  RSBR
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes